ABSTRACT
Durante a pandemia causada pelo coronavírus e na ausência de tratamento farmacológico e de vacina para a população, foram adotadas medidas de distanciamento interpessoal e lockdown, mantendo-se a população em casa, dificultando-se o acesso tanto físico quanto financeiro aos medicamentos para tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Comparar o perfil epidemiológico do uso de medicamentos para controle de doenças crônicas não transmissíveis. Método: Estudo retrospectivo na revisão de prontuários eletrônicos pré-pandemia e pandemia, incluindo todos os pacientes atendidos. Foram excluídos aqueles com dados incompletos ou inconclusivos e menores de 18 anos. Resultados: Não foram demonstradas diferenças significativas estatisticamente no uso de medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes mellitus e dislipidemia entre o pré e durante a pandemia. Conclusão: Os resultados foram contrastantes com outras pesquisas realizadas em outros estados brasileiros que elencaram como fatores coadjuvantes ao prejuízo, o medo de contaminação ao se expor em buscar medicamentos e as diferenças socioeconômicas da população
During the pandemic caused by coronavirus and the absence of pharmacological treatment and vaccine for the population, social distancing and lockdown methods were adopted, keeping the population at home, therefore making it difficult to access, either physical or financial, medications for non-transmissible diseases. Objective: To compare the epidemiological use of medication to control non-transmissible diseases in this period. Method: Retrospective study carried reviewing electronic reports from pre-pandemic and pandemic, including all the patients treated. Were excluded those with incomplete or inconclusive data from the electronic reports or patients under the 18 years. Results: Significant statistical differences were not found in the use of medication to treat hypertension, diabetes mellitus and dyslipidemia between the pre- and pandemic period. Conclusion: Diverging results were obtained from other studies done in other Brazilian states that also list fear of contamination when getting medication, and the socioeconomic difference in the population as a prejudice supporting factor